A relação entre a criatividade do arquiteto e a demanda do mercado.
O profissional de arquitetura um dia se depara com este conflito - concretizar seu processo criativo e técnico ou se sujeitar às demandas do mercado. A dualidade entre realizar seus projetos ou atender a demanda do mercado é intrínseca à nossa ética. É natural que busquemos os nossos ideais, entretanto, na profissão do arquiteto é importante saber escolher o melhor momento. O melhor momento para expor seus desejos, visões arquitetônicas e opiniões pessoais.
A dualidade entre realizar nossos projetos ou seguir o viés da demanda externa é natural e tende a que busquemos os nossos ideais. É importante expor nossos desejos, visões e opiniões. O momento de criar do zero e trazer para a realidade os seus projetos, sujeita-o também ao trabalho sob demanda. A diferença está na opção de arriscar ou manter-se onde há segurança, os nossos instintos mais preservativos.
Aí reside o desafio, o qual pode ser encarado como dificuldade ou oportunidade. Sim, a oportunidade de crescer, de se adaptar às tendências mercadológicas, é ponto chave para a excelência profissional. O profissional que o faça, entendendo as demandas e elaborando-as em sua experiência, com a coragem necessária, sairá do princípio de sua carreira. Evoluirá.
É indiscutível que um profissional deve construir sua carreira com suas escolhas. Contudo, como o mercado é seu meio de atuação, precisa desenvolver jogo de cintura. Deve saber identificar o momento certo de deixar de se sujeitar completamente às demandas externas, seguindo seus projetos e merecendo seu reconhecimento diante da sociedade e do mercado.
Aquele arquiteto que busca aprender com rigor a carreira, seguindo o acompanhamento das obras e entendendo suas complexidades, expondo-se diante da sociedade, um dia terá a experiência e a coragem necessárias para erguer da terra algo que saiu de sua mente.
